domingo, 30 de agosto de 2015

França

  Quando deixei o Brasil rumo à França em março de 2013, eu estava num misto de felicidade e nervosismo, imagino que por fora eu passasse uma imagem serena e tranquila, mas por dentro a minha mente era um turbilhão de emoções. Como eu já tinha tido o visto para os Estados Unidos negado algumas vezes, eu ficava imaginando que ao chegar à França eles também poderiam não aceitarem a minha entrada no país e essa era a razão de todo o meu nervosismo, e eu, além disso, estaria sozinha na França.
  Um pensamento que me acalmava era o meu senso de organização, a minha viagem fora minuciosamente planejada do início ao fim, confesso que muitas coisas não saíram como o planejado, porém, devido ao planejamento prévio, pude contornar as situações com mais facilidade.
  Eu me organizei ao máximo e divido alguns cuidados com vocês

1) Eu fiz o meu Seguro viagem que é obrigatório para muitos lugares da Europa, e esse tem que ser de acordo com o  Tratado de Schengen. 
2) Fiz o roteiro completo de todos os destinos que eu iria visitar.
3) Fiz reserva em hotéis e tinha comigo todos os respectivos endereços e telefones, e ainda os contatos dos amigos que eu visitaria.
4) Passagens aéreas compradas Ida e Volta (França x Brasil)
5) Todas as passagens de ligação entre os destinos que seriam visitados
6) Já estava com uma pequena quantia em Euro comigo e cartões e crédito e débito.
7) Comprovante de Vínculo com a Universidade de Estudo e Trabalho-Estágio
8) Fiz umas aulas de Francês básico ) O que, sinceramente, foram muito úteis)
9) Contratei e paguei o Transfer para me levar do aeroporto para o hotel.
10) Contratei passeios pelas cidades com a mesma empresa do transfer.

  Ou seja, eu tinha todas as possíveis informações necessárias para a chegada à França.
Quando chegamos ao Aeroporto Charles de Gaulle em Paris, meu coração parecia que ia sair pela boca de tanta alegria-ansiedade, eu já peguei a minha pastinha de documentos prontamente e a espera para passar pelo  guichê do aeroporto foi bem curta. 
  Um rapaz bem simpático e educado pediu para que eu me aproximasse e eu sem saber bem que idioma deveria usar, já que só sei o básico do básico em francês, optei pelo inglês e ele começou a fazer as perguntas básicas de onde eu ficaria, por quanto tempo, motivo da viagem , tudo muito light. De repente, o rapaz falou algo em espanhol com outra pessoa e meu rosto se encheu de alegria, eu poderia mudar de idioma, visto que prefiro o espanhol e continuar a responder mais tranquilamente. Quando ele me deu o okay e me desejou uma boa viagem eu tive vontade de , literalmente, pular de alegria. Corri em direção às esteiras para buscar as minhas malas, agradecendo às aulas de francês que me ensinaram números e direções.
  Como eu disse anteriormente, eu já havia contratado o transfer coletico que é mais barato,  já que os serviços de táxi na França são caros. Não foi de todo uma má ideia, mas tive problemas com a localização do motorista, eu imaginava que seria recebida com uma plaquinha com o meu nome , e eu estava redondamente enganada, o motorista estava sentado na vam do outro lado do aeroporto esperando que os passageiros o achassem, e foi o que eu, não com pouco trabalho e nervosismo. Tudo o que eu mais queria era sair do aeroporto e ganhar as ruas de Paris.
  O meu hotel era simples e funcional e ficava no Bairro Montmartre onde fica, também a Basílica de Sacré Coeur e o Molin Rouge grandes pontos turísticos da cidade. E ainda, era um ótimo bairro para fazer compras, achei coisas bem legais com ótimos preços. Comprei mala, sapato e casaco.






Eu escolhi ficar em um quarto compartilhado com mais 3 moças e um banheiro privado no nosso quarto e foi uma excelente ideia porque já no primeiro dia fiz a minha primeira amizade, Ana uma Argentina muito simpática, e já saímos juntas para jantar com o seu grupo de amizade em Paris. Fomos ao Hard Rock Café eu adorei a companhia e a comida, mas o preço é razoável caro. Paguei 25,00 Euros por hambúrguer com batata frita e refrigerante.


  E como a rotatividade de pessoas nesses quartos é grande eu eu fiquei uma semana conheci muitas outras meninas legais e saí para passear com quase todas. Foi realmente uma ótima escolha, porque eu estava sozinha, então, consegui companhia para quase todos os passeios.
  Um dos passeios contratados desde o Brasil, foi um passeio panorâmico de ônibus por Paris com direto a visita pela Torre Eiffel e um cruzeiro pelo Rio Sena o que também foi brilhante e valeu a pena financeiramente falando. Custou uns 98,00 reais e eu pude pagar pelo serviço enquanto ainda estava no Brasil e isso ajuda muito. Vc escolhe data e horário pelo site e pode fazer pagamento por lá mesmo e imprimir o seu voucher. Depois é só comparecer ao endereço ali indicado que é da agência que organiza e os passeios e ser direcionado para os mesmos.



   Paris é uma cidade que possui um metro complexo devido ao número de linhas e direções, mas absurdamente funcional. Eu costumava comprar o que eles chamam de Un ticket par jour, um passe de metrô para o dia inteiro, eu pagava uns 7,00 euros e podia pegar o metrô quantas vezes quisesse naquele dia.
   Eu me diverti muito em Paris é uma cidade que você levaria a vida toda para conhecê-la por inteiro. Uma coisa bem especial foi poder visitar o Museu do Louvre e ver o famoso quadro de Da Vinci, Mona lisa.


Espero não demorar muito para regressar à Paris.

   Transfer e Passeios City Discovery
   Hotéis Booking

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Europa

Oiropa


   Há alguns dias uma colega mexicana postou no seu facebook que estava em Paris , entretanto nunca havia realmente sonhado em ir para lá. Paris, a cidade luz, pois então, eu também não. Sempre achei que a Europa fosse superestimada pelos brasileiros, principalmente, a França, nunca tive o sonho de conhecê-la.
   No entanto, depois da experiência tão significativa do México, eu já estava pronta para mais uma emoção, então, queria ir a um outro país estudar uma outra língua e conhecer uma nova cultura. Nessa época eu trabalhava na UERJ como professora de português para estrangeiros e ouvia muitos alunos contando sobre os seus países e cidades ao redor do mundo, naquele momento eu tinha 22 alunos estrangeiros de lugares diversos: México, Colômbia, Suíça, Alemanha, Japão e por aí vai... E a cada história eu morria de vontade de ir a cada um desses lugares.
   Assim, começou minha nova busca em sites e em chats conversando com amigos, até que um dia eu conversei com uma conhecida que estava morando na França e ela me disse que eu poderia ir visitá-la quando eu quisesse. Uma dica: NUNCA ME CONVIDEM SE REALMENTE NÃO QUISEREM ME RECEBER, porque eu geralmente aceito essas propostas. (rs) E foi isso que fiz, aceitei.
   Coisa do destino ou não, um outro colega na época (hoje amigo do peito), estava morando na Alemanha e postou no facebook uma mega promoção na TAM de passagens para a EUROPA. oO
Eu, automaticamente, o chamei no chat e comecei a conversar com ele sobre a minha expectativa de ir à França e ele me disse: venha à Alemanha também. Pronto, era tudo o que eu precisava ouvir, liguei correndo para a minha mãe e disse: Mãe, quero ir estudar na França, o que você acha? (Contei sobre os convites, promoção das passagens) e ela disse: Vai!
   Eu comprei as minhas passagens programadas na Tam em novembro para viajar em março para ter tempo de terminar o meu período na UERJ, juntar mais dinheiro e planejar a viagem bem. Eu paguei R$1,500 pelos voos diretos RIO- PARIS/ PARIS- RIO. Um preço ma-ra-vi-lho-so.
   Essa conhecida que morava na França fazia curso de francês, então, eu estudaria no mesmo curso e me hospedaria na casa dela, ajudando-a com os custos, depois eu planjei a visita ao amigo da Alemanha e ao irmão de uma amiga na Suíça. (Contarei essas experiências depois).
   Procurei milhares de empresas aéreas que fizessem pequenos voos pela Europa e cobrassem pouco, hoje eu sei que o melhor seria ter feito tudo isso de trem, mas na época eu acreditava que os aviões eram os melhores meios de transporte. Hoje, eu amo trens! Achei uma empresa que se chama Easyjet (http://www.easyjet.com/pt) e eu, de fato, encontrei voos bem baratos e me pus a sonhar alto com a possibilidade de conhecer vários países pagando pouco. 
    Passei dias e dias fazendo e refazendo rotas, para no final ficar com a rota easyjet :  Paris- Berlim / Berlim- Berna/  Berna- Londres/ Londres- Paris. Então seriam, França- Alemanha - Suíca e INGLATERRA!  Bom, eu conhecia pessoas nos três primeiros, mas eu sabia que não poderia ir à Europa sem passar por Londres, apenas não poderia. E essa rota me custou R$ 600,00. Eu estava fazendo essas buscas no computador do meu padrinho porque na época eu não tinha uma internet muito boa em casa e quando eu lhe disse que tinha encontrado a minha rota, ele me surpreendeu e disse que me daria essas passagens de presente. :)  Ganhei essas passagens de presente!  Mas, não achem que tudo foi de mão beijada, tive ajuda de mammy e dindo, sim, mas trabalhei muito pra juntar dim dim, trabalhava na UERJ, dava aulas particulares, fazia eventos, tudo com muita determinação.

    Parte boa da easyjet, pasagens baratas. parte ruim:

1) Você só pode viajar com uma mochila, se quiser levar mala tem que pagar por fora e eu fiz isso, só que essa mala tem que ter um formato e tamanhos específicos independente do peso. Ela tem que encaixar num molde de ferro que eles têm lá e se isso não acontecer aí você paga peso extra, não me lembro exatamente como funciona. O que sei é que excedi esse peso em 5 kgs e tive que pagar 70 euros, eu, literalmente, chorei.

2) Os aeroportos para onde essa empresa viaja são sempre longe do centro das cidades, tornando tudo muito difícil e te obrigando a pegar ônibus, trem, taxi ou qualquer meio de transporte para chegar ao seu destino e isso é cansativo e custoso.

3) O atendimento não é bom, pelo menos eu não gostei de alguns voos. Na suíça, por exemplo, estava chuvendo na hora do embarque e tivemos que ir caminhando com as nossas malas de mão na chuva e o avião, para melhorar, estava longe.

    Apesar de todos os pesares, eu completei toda a lista de países planejados e adicionei mais um : República Tcheca! Pretendo contar sobre cada um deles separadamente. O que posso dizer é que, no final, eu amei conhecer essa pequena parte da Europa e quero continuar conhecendo mais e mais. 


segunda-feira, 10 de novembro de 2014

México

                                                    México de mi corazón....


   Eu cheguei à Cidade do México na segunda semana de dezembro com a mente e o coração abertos. Cheguei ao aeroporto muito entusiasmada com aquela nova experiência e a primeira coisa que fiz foi trocar meus dólares/ reais por Pesos Mexicanos  que custam aproximadamente: R$1,00 real =  $5,33 mil pesos mexicanos. Depois, encontrei com o primo da amiga da minha mammy que fez a gentileza de me buscar no aeroporto. Nos apresentamos e eu lhe disse que não falava espanhol em espanhol ( yo no hablo espanol) o que o fez rir, depois compreendeu que eu falava umas palavras, mas na sua grande maioria era o portunhol que imperava.
   Fiquei na casa deles por 2 semanas e nesse tempo não conheci muito da cidade porque eles não moravam perto do centro e a Cidade do México me lembrava São paulo, só que com mais gente, então era um pouco assustador de começo. Nesse tempo, eu fiquei procurando com a ajuda deles um curso de espanhol para estrangeiros em universidades e encontrei um na UNAM (Universidad Nacional Autónoma de México) (http://www.cepe.unam.mx/cepe.php?tema=programa ), já não me lembro bem do preço, acho que me custaria uns 500 dólares cada nível mais ou menos, mas eu só teria tempo de fazer um, já que só passaria 3 meses no México.
   Eu estava empolgada e obstinada a aprender espanhol naqueles meses, logo, achar um bom curso era algo muito importante pra mim. A UNAM é uma das melhores Universidades do México e isso me deixou bastante interessada nesse curso e eu receberia, ainda, um diploma de curso no final. :)
Eu teria me matriculado no mesmo dia se não fosse os conselhos da minha mãe e de sua amiga que me disseram que eu deveria primeiro ir visitar Aguascalientes, uma outra cidade na qual essa amiga de mammy tinha outra parte da família, então, decidi curtir as dias na Cidade do México e, antes de me inscrever na UNAM, ir à Aguascalientes.
   Na cidade do México a coisa mais legal que fiz nessas 2 semanas foi conhecer o Centro e seus museus.


   Uma coisa um pouco decepcionante foi algo da qual gosto muito: A COMIDA. Eu estranhei muito a comida com muito caldo, muita pimenta, muita salada, menos sal e muitooo menos açucar.
Por outro lado, tava gostando da ideia de perder alguns quilinhos, quem não gosta?
   Outro problema foi o fuso horário, já não me lembro bem, acho que estávamos umas 6 horas atrasados com relação ao Brasil porque aqui tinha começado o horário de verão, o que só aumentou a diferença de fuso e umas 4 horas de diferença dos EUA, então, era difícil equilibrar os horários e me acostumar. Demorei uma semana para conseguir dormir e acordar nos horários mexicanos.
   Eu ainda estava na Cidade do México no Natal e passei com essa família linda que conheci e foi muito divertido, eu dancei, cantei, abracei e fui abraçada, e me permitir ser algo que não costumava ser no Brasil: sentimental. O carinho que aquelas pessoas me davam era impressionante, eles mal me conheciam mas me trataram como se eu fosse da família, vi cada álbum de foto que a Vovó me mostrou e ouvi cada história contada por eles, mesmo sem conhecer os outros personagens delas.
   Em poucos dias vivi intensamente o clima de natal mexicano. Na manhã do dia 24 de dezembro quando acordei, notei que toda a casa estava bem silenciosa, tranquila, bem diferentes das casas brasileiras onde começamos a cozinhar e preparar tudo para o natal bem cedo. Diferente de nós, eles têm um dia bem normal e cada família cozinha um prato para levar para a Ceia maior, então, no final todos têm um jantar normal. Outra pequena decepção: Cadê a comilança do Natal, milhaaares de comidas, milhaaaaares de doces???  Não tinha. O que tinha era um jantar em família normal. Mas eu tinha pensamentos gordos e brasileiros. (rs) Para piorar um pouco mais, eu não gostei muito da comida de início, não comi quase nada. O que me salvou foi um pudim que eu fiz para levar, o qual todos chamavam de flan, para o meu desespero. Eu o devorei e eles não gostaram muito porque era muito doce.
    Por outro lado, a comemoração e companhia em si bastavam, fui tão feliz naquele natal, sorri, ri, gargalhei.... E quando disse que estava indo para a outra cidade e estava me despedindo, chorei e muito. Não tinha um real motivo para isso, aliás, eu não sabia bem o motivo, penso que afeto que eles me deram, me tocou.

                                                                                                     

   Acho que no outro dia eu peguei um ônibus na rodoviária da cidade do México com destino à Aguascalientes, a passagem custou $36,00 dólares na época e o tempo de viagem era de 6 horas, como Rio- São Paulo e foi muito tranquila. Entrei no ônibus acho que 12:30 e durante a viagem vi um esplendoroso pôr do sol, um show de cores no céu, foi mágico.
   Na rodoviária, a outra parte da família da Eliza ( amiga mexicana de mammy) já me esperava. Eu tive o mesmo tratamento lá também, toda a família me recebeu com muito carinho. A cidade estava toda decorada no clima natalino.

    Eles me ajudaram a procurar um curso de espanhol, uma das meninas da casa me acompanhou até a Universidade delas,  UAA ( Universidad Autónoma de Aguascalientes) ( http://www.uaa.mx/) e lá pedimos para conversar com a coordenadora do Instituto de Letras para saber se lá eles também tinham espanhol para estrangeiros e quanto custava. A coordenadora foi muito solícita, no entanto, ela me disse que eles não tinham nada parecido na universidade. Eu expliquei que era estudante de Letras e queria muito aprender espanhol e ia aproveitar as minha férias para fazê-lo. Aquela senhora ficou tão lisonjeada em saber que uma aluna de Letras do Brasil queria estudar espanhol nas suas férias e o espanhol do MÉXICO, que se pôs a pensar em mil e uma maneiras de chegarmos a um acordo de estudo lá mesmo. Eis o que ela me ofereceu:

1) Uma hora de aula particular de espanhol todos os dias da semana com uma professora da Universidade.
2) Estudar com os alunos de Letras hispânicas da Universidade em matérias e períodos variados.
3) Um aluno do setor de Artes para me levar aos museus da cidade e me contar sobre a história e arte da cidade e do país.

   Eu quase infartei com a proposta, mas comecei a me questionar quanto tudo isso custaria, eu imaginei não ter condições para pagar por aquilo tudo. Juntei toda a coragem que tinha e perguntei o preço, vocês não adivinhariam nem em um milhão de anos a resposta. NADA! Foi o que ela me respondeu. Agora eu estava infartando de verdade com tamanha generosidade, eu engasguei e custei a acreditar que eles me dariam tanto e não pediriam nada em troca.
    Eu aceitei a proposta e passei 2 meses e meio nessa linda e aconchegante Universidade onde conheci amigos que ainda trago no coração e com os quais ainda mantenho contato. Eu me jogava no chão do gramado todos os dias para pegar sol porque lá era inverno e eu ainda não estava acostumada com os climas mais frios. E olha que nem era tão frio assim, mas passava uma brisa bem gelada. De lá eu podia ver alguns esquilos, pássaros e animais correndo livres pela Universidade era algo bem relaxante.

   Como eu citei acima, fiz inúmeras e boas amizades com os alunos, com os meus professores e todo dia era dia de festa, dia de passeios, dias de reuniões sem motivos inventadas por nós mesmos só para nos divertirmos.


   Estudar com os alunos de Letras me fez muito bem porque além de se tornarem meus amigos, eles também me ajudavam com o espanhol e me corrigiam sempre que possível, o que acelerou muito o meu processo de aprendizagem.
   Eu consegui conhecer um pouco dessa área central do México e acho que todos deveriam conhecer lugares como : Aguascalientes, Guadalajara, Guanajuato y San Miguel de Allende, lugares lindos no coração do México.

   Também visitei a cidadezinha da minha professora e amiga, um lugar encantador chamado Calvillo que tem umas goiabas maravilhosas! Tive a chance de conhecer toda a família dessa grande amiga e sentir como se estivesse com a minha própria família também.


 Eu passei o meu aniversário daquele ano (20120) no México e ele foi devidamente comemorado. Com bolo de goiaba em Calvillo num pique- nique num "Cerro" lindo, com um bolo com a host family e depois uma night para animar a noite e ainda um churrasco "a la brasileira" feito por mim!


       



   Ainda que eu não tenha contado um terço do que vivi no México, os principais tópicos para os quais chamo atenção são Alegria do povo, Generosidade e a Amistosidade. Eu percebi que os brasileiros e mexicanos tinham muito mais em comum do que eu poderia imaginar, acho que somos irmãos separados pela distância e pela língua, apenas. Eu nunca soube como agradecer por tudo o que fizeram por mim, além de oferecer a minha amizade e gratidão eternas.
    Logo, ofereci a minha mão-de-obra à UAA. Eles tinham um Centro de Idiomas (CADI) e descobri que, às vezes, alguns brasileiros davam aulas quando estavam lá de intercâmbio, então, fui até lá e me ofereci para dar aulas de português de graça, já que aqui no Brasil eu já tinha começado a estudar essa área, Português para estrangeiros que é a minha área atual. Não tive muitos alunos, tive poucos e bons alunos que se tornaram, claro, meus amigos. Tive a oportunidade de ensinar português naquela Universidade tão respeitada e renomada, me orgulho disso.


   Eu fiz tanto no México, eu estudei, ensinei, trabalhei como garota propaganda da Coca- cola, eu competi em karaoke, conheci várias cidades, fiz muitos amigos, saí muito, festejei muito, andei de ônibus, desbravei o lugar, senti muita fome até aprender a comer e a amar a comida mexicana, sim, porque no final eu já amava a comida de lá.


   Depois de viver tão intensamente as minhas férias em Aguascalientes, era chegada a hora de voltar para a Cidade do México por que de lá sairia o meu voo para o Rio de janeiro. E nesse regresso, tive a felicidade de conhecer o lugar mais impressionante que já conheci na vida: Teotihuacan. (http://www.visitmexico.com/pt/zona-arqueologica-de-teotihuacan), uma experiência incrível pela sua história e mitos, subi naquelas pirâmides mais antigas que o Brasil. Foi muito emocionante.



Eu aprendi a amar o México em cada aspecto dele mesmo. No México eu fui feliz e guardo bem essas lembranças tão singelas e preciosas. Já se esgotaram as palavras e todos os bons sentimentos já vieram à tona. O lado bom é que já planejo o meu retorno a esse país do qual falo tanto. Não vejo a hora de abraçar cada amigo e visitar todos aqueles lugares magníficos. Eu cheguei com o coração aberto e deixei o México com o coração cheio de tudo de melhor que existe naquele lugar. Foi Perfeito. Agradeço a todos que fizeram parte dessa minha experiência e tornaram a minha viagem um conto de fadas, a realização de um sonho.










 
 

domingo, 9 de novembro de 2014

Como fui parar no México....

 

   A minha primeira viagem internacional tinha um planejamento absolutamente diferente do resultado final: México. Eu nunca tinha imaginado visitar esse país, há algum tempo atrás quando eu ainda tinha a minha habilitação na UERJ em Letras- Inglês e era uma universitária, eu planejava uma viagem imediata para aperfeiçoar o meu inglês mediano e insuficiente. Pensei, obviamente, nos Estados Unidos e em unir o útil ao agradável, ficar perto das pessoas que amo e estudar lá, cheguei a me matricular num curso de inglês ainda aqui no brasil, um curso chamado:  Harvest Institute ( http://harvest.net/ ) 

   Desde os 8 anos de idade eu já tinha um passaporte, talvez por isso, eu tenha hoje uma grande necessidade de viajar, de qualquer forma, eu tive que renovar o meu passaporte que na época já estava vencido para tentar tirar o visto americano pela milésima vez e ir, enfim, para os EUA fazer o meu curso de inglês e hug my mom.

Isso pode ser feito na página da polícia federal e deixo aqui para os que ainda não sabem como fazê-lo ( http://www.dpf.gov.br/servicos/passaporte/passaporte/), essa parte foi realizada com sucesso e tranquilidade. 

   No entanto,  a segunda parte que era a de pedir o visto americano (http://portuguese.riodejaneiro.usconsulate.gov/pt/visas-rj.html) não foi nem um pouco feliz, tive o visto americano negado e todo o plano de estudos e reencontro familiar desabou. No início não reagi muito bem e fiquei extremamente decepcionada e a pior parte é que eu realmente precisava daquele curso para seguir na carreira que eu tinha escolhido na Universidade. tristeza.

   A partir desse ponto, comecei a pesquisar sobre novas possibilidades, então, procurei sites que falassem sobre estudos no exterior e passava horas em sites de intercâmbios com a IE (http://www.ieintercambio.com.br/) , por exemplo. Mas eu achava tudo exageradamente caro e me perguntava como conseguiria transformar essa viagem de estudos em realidade, olhava destinos como Austrália, Canadá e Irlanda, principalmente os dois últimos. Passei um bom tempo nessa dúvida cruel e busca incansável.

   Até que num pacato domingo, lá pelas 20h mais ou menos eu recebo um text message da minha mammy que dizia: Você quer ir pro México? Eu dei um pulo da cama assustada/animada/chocada/estupefata e respondi: Quero!

   Eu não tinha a mínima ideia de onde o México tinha surgido, mas na minha condição eu não desperdiçaria nenhuma chance de seguir em frente. Logo depois minha mãe me ligou e disse que estava conversando com uma amiga mexicana, dizendo que eu procurava uma maneira de sair do Brasil para estudar e que estávamos pensando no Canadá e essa amiga subitamente perguntou: Por que você não manda a sua filha para o México, tenho família lá que a receberiam com muito prazer e minha mãe achou uma ótima ideia, já que eu não estaria absolutamente sozinha num país estranho.

  Depois da animação do primeiro momento eu pensei: E como está o meu espanhol? Eu tinha aprendido espanhol na escola e era uma ótima aluna nessa matéria, mas na escola não aprendemos uma segunda ou terceira língua para falarmos, só aprendemos para termos uma noção básica da língua, ou seja, eu não sabia falar espanhol, só palavras básicas. Então o que faria no México além de passar férias?  ESTUDAR!

   Eu entrei em contato com uma atendente da IE indicada por um amigo e pedi passagens para o México, ela me conseguiu passagens para uns 12 dias depois,  eu paguei caro pelas passagens uns R$ 3,400 reais, porque comprei muito em cima da hora e porque iria no final do ano. A atendente também me disse que eu teria de tomar a vacina para febre amarela, exigida pelo México, com 10 dias de antecedência, ou seja, para ontem...  oO

  Como moro na Ilha do Governador e não tinha plano de saúde na época, fui ao posto de vacinação do Zumbi no outro dia e, pasmem, consegui tomar a vacina sem nenhum grande problema, apenas expliquei a necessidade e  foi isso. Tive que levar o comprovante de vacinação para a Anvisa no primeiro piso do Aeroporto Internacional do Galeão, Terminal 2.

  Depois disso, eu só tive que segurar a minha ansiedade e esperar aqueles 10 dias passarem para aterrizar no Aeroporto da Cidade do México e dar início a viagem mais maravilhosa da minha vida! Eu passaria 3 meses num lugar que até hoje carrego no meu <3. 



Conto sobre isso no meu próximo post.

  

  




O início

                                                                   Eu viajante

   Eu já deveria ter feito isso há séculos e registrado as milhares de experiências indescritíveis que acumulei ao longo das minhas viagens pelo Brasil e pelo mundo. Muitas pessoas me perguntam sobre viagens e nem sempre consigo dizer tudo o que gostaria ou tirar todas as dúvidas e dar boas dicas, então, tentarei descrever aqui o que fiz, vivi, experimentei e como sobrevivi.
   Não pense que sou rica por ter tido a oportunidade de fazer as viagens que narrarei aqui, sou uma estudante/ professora que trabalha muito, batalha bastante e tenho na vida milhares de anjos que entendem essa minha necessidade de viajar, essa vontade de desbravar o mundo. Tudo que fiz foi com muito planejamento, trabalho, com muita economia, ajuda de amigos e familiares, ajudinha Divina e muita determinação e nenhum medo de me jogar nesse mundão.
   Viajar passou a ser parte de mim, passou a ser uma grande necessidade, um sonho, uma realidade, uma ânsia, um delírio... Vivo para viajar e viajo para viver.
  Nem sei por onde começar, mas darei o primeiro passo e vejamos onde consigo chegar...